"Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do
Espírito, não pode entrar no reino de Deus." João 3:5
Passar pelas águas do batismo é uma experiência de tamanha grandeza que eu não poderia simplesmente explicar usando palavras. Porém, o significado do batismo ainda é algo desconhecido para uma boa parte dos cristãos já batizados.
Muitos irmãos vêem no batismo um evento de lavagem de pecados literal, como se entrassem nas águas contaminados pelo pecado e saíssem purificados. Alguns chegam a justificar-se diante de alguma irresponsabilidade diante de Deus e da igreja utilizando o famoso "ainda não sou batizado", quando deveria dizer "ainda não sou convertido".
Além de não possuir valor salvífico algum, o batismo também não perdoa nem purifica pecados. É através do sangue de Jesus que somos purificados de todo o pecado (1 Jo 1:17), e é nele que branqueamos nossas vestes (Ap 7:14).
O batismo em águas é a confissão pública da fé no Senhor Jesus Cristo, onde sepultamos - simbolicamente - o velho homem que viveu em pecados e morreu para o mundo, e que agora nasce para uma nova vida submissa à vontade de Deus. Deve-se portanto ter em mente que esta confissão e este sepultamento simbólico vem tornar público aquilo que já aconteceu, no ato da conversão, quando o pecador decidiu entregar-se a Jesus e o recebeu como Salvador.
Não há uma única base bíblica sequer para crermos que o batismo tenha um valor real para remoção de pecados, ou que ele produza uma regeneração espiritual na vida de quem se submete a ele. Crer nesta linha de pensamento chega a ser um atentado contra a doutrina do Novo Nascimento.
Alguém que passou pelas águas batismais e não entregou a vida ao Senhor não passou pelo Novo Nascimento. Se um pecador desce às águas sem conversão, de maneira alguma será limpo de seus pecados, entrará nas águas um pecador seco e sairá um pecador molhado, nada mais. Todavia, se alguém desce às águas depois de entregar-se a Jesus Cristo, antes mesmo do batismo seus pecados já foram perdoados, pois já terá crido no Senhor Jesus, já terá abandonado sua vida de pecados e está pronto para tornar isto público.
A crença na regeneração batismal fundamenta-se na interpretação equivocada de versículos como João 3:5 e I Pedro 3:21.
No primeiro caso, Jesus está instruindo o fariseu Nicodemos sobre a necessidade de nascer de novo (em grego nascer de cima) dizendo que "aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus". O problema da interpretação aqui é deixar-se esquecer que a água do batismo é uma figura do Espírito Santo que convence o pecador de seus pecados, levando-o ao arrependimento e à entrega pessoal a Cristo, que por sua vez lhe purifica de todo o pecado através do Seu sangue expiador. O "nascer de novo" aqui não significa ser batizado, mas transformado.
No segundo caso, em I Pe 3:21, o apóstolo está parafraseando a salvação da família de Noé sobre as águas do dilúvio e a salvação dos crentes REPRESENTADA (e não causada) pelo batismo. Pedro está dizendo que oito pessoas se salvaram do dilúvio pela água, que como uma verdadeira FIGURA agora nos salva, o batismo. Ele completa esclarecendo que a figura batismal não salva através da remoção da sujeira do corpo, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo.
Não fica difícil compreender o paralelo que Pedro faz entre o dilúvio e o batismo quando fazemos com ele a comparação. Veja: As oito pessoas foram salvas do dilúvio através da água ou da arca que os fez escapar da água? Sem dúvida nenhuma sua salvação foi o resultado da obediência à Palavra de Deus que lhes ordenou entrar na arca. Esta água do dilúvio simboliza o batismo do ponto de vista do pecador dos dias de Noé: quem "entrou na arca" para se salvar foi salvo, quem não deu ouvidos à pregação de Noé foi vítima da ira de Deus. Comparado a este evento, o ato do batismo está nos dizendo que a pessoa a ser batizada já tomou sua decisão de entrar na arca e está agora tornando pública a entrega de sua vida ao Senhor Jesus. Paralelamente, esta pessoa é como uma das oito que entraram na arca e se livraram da ira de Deus.
Mas a relação do dilúvio com o batismo é tão simbólica que nem todos os batizados são salvos. Nem todos nasceram de novo ou tiveram suas vidas transformadas.
O Novo Nascimento é a chave de entrada para o reino de Deus. Apenas um encontro real e pessoal com o Filho de Deus é capaz de transformar a vida de alguém, de tornar um pobre pecador num herdeiro do reino dos céus. Foi assim com o ladrão da cruz ao lado de Jesus, que creu no Senhor mas não pôde ser batizado, e teve garantida sua entrada no Paraíso (Lc 23:43).
Somos regenerados sim, não pela água do batismo, mas pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo (Tt 3:5).
Numa linha de pensamento diametralmente oposta, estão aqueles que crêem tanto que o batismo não é suficiente para salvar que procuram motivos para não se batizar. Chegam a dizer que não precisam do batismo, já que o Novo Nascimento independe dele. Estes, na verdade, ainda não experimentaram o nascer de novo, pois quem teve a experiência da regeneração através duma genuína conversão anseia em tornar isto público através do batismo.
Concluímos que a doutrina da regeneração batismal só deverá ser aceita se deixarmos de crer que quem opera a regeneração do homem é o Espírito de Deus. Concluímos também que o batismo só deverá ser dispensado quando de fato não houve conversão.
Graça e Paz a todos, por Aquele que nos lavou em Seu sangue e nos selou para a vida eterna, Cristo Jesus.
Marcelo Reis.
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No primeiro caso, Jesus está instruindo o fariseu Nicodemos sobre a necessidade de nascer de novo (em grego nascer de cima) dizendo que "aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus". O problema da interpretação aqui é deixar-se esquecer que a água do batismo é uma figura do Espírito Santo que convence o pecador de seus pecados, levando-o ao arrependimento e à entrega pessoal a Cristo, que por sua vez lhe purifica de todo o pecado através do Seu sangue expiador. O "nascer de novo" aqui não significa ser batizado, mas transformado.
No segundo caso, em I Pe 3:21, o apóstolo está parafraseando a salvação da família de Noé sobre as águas do dilúvio e a salvação dos crentes REPRESENTADA (e não causada) pelo batismo. Pedro está dizendo que oito pessoas se salvaram do dilúvio pela água, que como uma verdadeira FIGURA agora nos salva, o batismo. Ele completa esclarecendo que a figura batismal não salva através da remoção da sujeira do corpo, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo.
Não fica difícil compreender o paralelo que Pedro faz entre o dilúvio e o batismo quando fazemos com ele a comparação. Veja: As oito pessoas foram salvas do dilúvio através da água ou da arca que os fez escapar da água? Sem dúvida nenhuma sua salvação foi o resultado da obediência à Palavra de Deus que lhes ordenou entrar na arca. Esta água do dilúvio simboliza o batismo do ponto de vista do pecador dos dias de Noé: quem "entrou na arca" para se salvar foi salvo, quem não deu ouvidos à pregação de Noé foi vítima da ira de Deus. Comparado a este evento, o ato do batismo está nos dizendo que a pessoa a ser batizada já tomou sua decisão de entrar na arca e está agora tornando pública a entrega de sua vida ao Senhor Jesus. Paralelamente, esta pessoa é como uma das oito que entraram na arca e se livraram da ira de Deus.
Mas a relação do dilúvio com o batismo é tão simbólica que nem todos os batizados são salvos. Nem todos nasceram de novo ou tiveram suas vidas transformadas.
O Novo Nascimento é a chave de entrada para o reino de Deus. Apenas um encontro real e pessoal com o Filho de Deus é capaz de transformar a vida de alguém, de tornar um pobre pecador num herdeiro do reino dos céus. Foi assim com o ladrão da cruz ao lado de Jesus, que creu no Senhor mas não pôde ser batizado, e teve garantida sua entrada no Paraíso (Lc 23:43).
Somos regenerados sim, não pela água do batismo, mas pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo (Tt 3:5).
Numa linha de pensamento diametralmente oposta, estão aqueles que crêem tanto que o batismo não é suficiente para salvar que procuram motivos para não se batizar. Chegam a dizer que não precisam do batismo, já que o Novo Nascimento independe dele. Estes, na verdade, ainda não experimentaram o nascer de novo, pois quem teve a experiência da regeneração através duma genuína conversão anseia em tornar isto público através do batismo.
Concluímos que a doutrina da regeneração batismal só deverá ser aceita se deixarmos de crer que quem opera a regeneração do homem é o Espírito de Deus. Concluímos também que o batismo só deverá ser dispensado quando de fato não houve conversão.
Graça e Paz a todos, por Aquele que nos lavou em Seu sangue e nos selou para a vida eterna, Cristo Jesus.
Marcelo Reis.
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EU NÃO CREO QUE BATISMO LAVA PECADO,POIS É O SANGUE DE CRISTO QUE FAZ ISSO(1JOAO1.7),NEM SALVA POIS SÓ JESUS SALVA(ATOS4.12).MAS COMO ENTENDER ESTES 2 VERSOS BÍBLICOS:
ResponderExcluir"Pedro lhes disse:
—Arrependam-se e cada um de vocês seja BATIZADO em nome de Jesus Cristo, PARA O PERDAO DO PECADO de vocês. Então receberão o dom do Espírito Santo [q]. 39 Pois esta promessa é para vocês, para seus filhos e para todos aqueles que estão longe e a quem o Senhor, nosso Deus, chamar para si."
ATOS2.38.COMO ENTÃO O BATISMO NÃO LAVA PECADO?
"Quem crer e for BATIZADO SERA SALVO, mas quem não crer será condenado."MARCOS16.16.COMO ENTÃO O BATISMO NAO TEM VALOR SALVÍFICO?
No primeiro caso, o mandamento é "Arrependam-se". Havendo arrependimento é que deverá acontecer um batismo que testifique um perdão de pecados que ocorreu anteriormente.
ResponderExcluirNo segundo caso, igualmente o batismo é precedido pelo ato de crer. "Quem crer e for batizado será salvo", mas apenas "quem não crer será condenado". Não há referência a quem não foi batizado, e boa prova disto é o caso do ladrão na cruz ao lado de Jesus.
Não devemos dar nulidade ao valor que o batismo tem, mas também não podemos dar-lhe uma importância que pertence ao sangue de Jesus.
O batismo é um ato simbólico - porém importantíssimo - onde o crente já salvo por ter crido no Senhor Jesus, confessa publicamente seu ingresso no Corpo de Cristo como membro lavado e remido pelo sangue do Cordeiro.
Marcelo achei muito bem explicado o seu texto, mas não encontrei fundamento biblico que o batismo deve se tornar público!!! vc poderia reforçar essa sua linha de raciocínio para eu entender?
ResponderExcluirAmém, Edson!
ExcluirNa verdade, quando digo que o batismo é uma confissão pública de fé, não quero dizer que o batismo em si deve ser um ato público, mesmo porque Paulo foi batizado na casa de Hananias sem nenhuma testemunha.
Minha intenção aqui é esclarecer que o batismo é um símbolo do verdadeiro renascimento que aconteceu antes dele.
CONFIRA: http://estudosbiblicosmanabetel.blogspot.com.br/2013/09/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html
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