"Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’.
Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos,
expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; dêem também de graça." (Mt 10:7,8 - NVI)
Eu me recordo de ouvir, já há algum tempo, pregadores sérios e comprometidos com o Evangelho advertindo os ouvintes quanto ao perigo em dar valor a qualquer tipo de pregação. As mensagens que exigissem do fiel algum tipo de esforço financeiro para ser abençoado por Deus deveriam ser rejeitadas e combatidas. Demorou muito tempo, mas aprendemos que a bênção de Deus está relacionada a muitos outros fatores além da oferta. É claro que a oferta tem sim o seu valor no culto cristão, mas não é mérito para se alcançar o favor do Senhor.
Outro problema que enfrentamos hoje no "mercado da pregação" não é o pregador de falsas doutrinas, é o pregador da doutrina verdadeira, aquele que ensina a Verdade, luta contra as heresias e defende o genuíno Evangelho, mas o faz por um preço, fixado em contrato e tudo mais.
A Bíblia é claríssima quanto à dignidade de sustento para aqueles que vivem para anunciar o Evangelho (1 Cor 9:4-14; 2 Cor 11:8; Fp 4:15-19) e contra isto não há o que se argumentar, mas entre sustentar-se e ficar rico às custas do Evangelho há uma enorme diferença.
É impossível associar esta conduta às Escrituras Sagradas e ao Jesus que é pregado através delas. Não podemos crer que aquele Cristo que nem tinha onde reclinar a cabeça concorde com o enriquecimento ilícito daqueles que pregam em Seu nome.
Estamos prevenidos contra homens que pregam o evangelho de riquezas, mas a todo tempo ouvimos os profetas de Mamom interessados nas riquezas pregando o Evangelho de Cristo. Diante da pregação destes homens eu sinto a impressão de ouvir o eco das palavras de Jesus dizendo: "Façam o que eles dizem, mas não o que eles fazem, pois dizem uma coisa e fazem outra!" (Mt 23:3).
Não é raro tentarmos convidar um ou outro pregador de nome para ministrar em nossas igrejas e não sermos capazes de cumprir suas exigências. Os mensageiros do Carpinteiro de Nazaré estão exigindo, além de um cachê de no mínimo quatro dígitos e que não comecem com o número "1", transporte de luxo, estadia em hotel de alta qualidade com direito a acompanhante, pagamento adiantado e outras mordomias dignas de um rei. São verdadeiros pop stars.
Há cantores e pregadores que para adorarem a Deus por no máximo uma hora e meia, exigem valores altíssimos, e caso a igreja não possa corresponder ao valor pedido não haverá adoração com a presença majestosa de sua grandeza no culto. Recentemente procuramos uma cantora para participar de um congresso em nossa igreja, mas não pudemos arcar com o cachê de R$ 13.000,00 pedido por ela para cantar com play-back...
Houve também o caso de um famoso pregador avivalista que chegou a vir ministrar por um cachê de R$ 5.000,00. Embora o valor já estivesse de ótimo tamanho para quem ministra em mais de trinta cultos por mês, os irmãos o agraciaram com uma oferta de R$ 18.000,00 em resposta à súplica feita por ele após a mensagem.
Que evangelho é este, meus irmãos?
Você imagina Jesus adentrando as portas da igreja como fez na purificação do templo? Será que não estamos permitindo que transformem a casa do Deus vivo em covil de ladrões?
Já que estão "vivendo para obra de Deus" por que será que estes tão empenhados pregadores não se engajam na obra missionária e vão fazer missões onde é realmente necessário? Talvez o problema seja o cachê... Seu galardão está sendo entregue aqui mesmo.
Você já imaginou quantas famílias carentes seriam atendidas com R$ 23.000,00 no caixa da assistência social da igreja local? As melhorias necessárias à igreja seriam prontamente realizadas com muito menos, mas preferimos entregar as primícias da nossa bênção a quem nada fez por nossas igrejas a não ser animar a plateia durante uma hora.
Estamos cansados de pão e circo nas igrejas.
Precisamos urgentemente reformar nossa cultura sensacionalista e investir nosso dinheiro naquilo que é pão de verdade. Se o que gastamos com os shows experiencialistas fossem gastos em cursos teológicos ou em seminários de boa qualidade, certamente não estaríamos alugando pregadores, mas formando pregadores do mais alto nível para ministrar gratuitamente em nossas igrejas.
Em Cristo,
Marcelo Reis.
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A Bíblia é claríssima quanto à dignidade de sustento para aqueles que vivem para anunciar o Evangelho (1 Cor 9:4-14; 2 Cor 11:8; Fp 4:15-19) e contra isto não há o que se argumentar, mas entre sustentar-se e ficar rico às custas do Evangelho há uma enorme diferença.
É impossível associar esta conduta às Escrituras Sagradas e ao Jesus que é pregado através delas. Não podemos crer que aquele Cristo que nem tinha onde reclinar a cabeça concorde com o enriquecimento ilícito daqueles que pregam em Seu nome.
Estamos prevenidos contra homens que pregam o evangelho de riquezas, mas a todo tempo ouvimos os profetas de Mamom interessados nas riquezas pregando o Evangelho de Cristo. Diante da pregação destes homens eu sinto a impressão de ouvir o eco das palavras de Jesus dizendo: "Façam o que eles dizem, mas não o que eles fazem, pois dizem uma coisa e fazem outra!" (Mt 23:3).
Não é raro tentarmos convidar um ou outro pregador de nome para ministrar em nossas igrejas e não sermos capazes de cumprir suas exigências. Os mensageiros do Carpinteiro de Nazaré estão exigindo, além de um cachê de no mínimo quatro dígitos e que não comecem com o número "1", transporte de luxo, estadia em hotel de alta qualidade com direito a acompanhante, pagamento adiantado e outras mordomias dignas de um rei. São verdadeiros pop stars.
Há cantores e pregadores que para adorarem a Deus por no máximo uma hora e meia, exigem valores altíssimos, e caso a igreja não possa corresponder ao valor pedido não haverá adoração com a presença majestosa de sua grandeza no culto. Recentemente procuramos uma cantora para participar de um congresso em nossa igreja, mas não pudemos arcar com o cachê de R$ 13.000,00 pedido por ela para cantar com play-back...
Houve também o caso de um famoso pregador avivalista que chegou a vir ministrar por um cachê de R$ 5.000,00. Embora o valor já estivesse de ótimo tamanho para quem ministra em mais de trinta cultos por mês, os irmãos o agraciaram com uma oferta de R$ 18.000,00 em resposta à súplica feita por ele após a mensagem.
Que evangelho é este, meus irmãos?
Você imagina Jesus adentrando as portas da igreja como fez na purificação do templo? Será que não estamos permitindo que transformem a casa do Deus vivo em covil de ladrões?
Já que estão "vivendo para obra de Deus" por que será que estes tão empenhados pregadores não se engajam na obra missionária e vão fazer missões onde é realmente necessário? Talvez o problema seja o cachê... Seu galardão está sendo entregue aqui mesmo.
Você já imaginou quantas famílias carentes seriam atendidas com R$ 23.000,00 no caixa da assistência social da igreja local? As melhorias necessárias à igreja seriam prontamente realizadas com muito menos, mas preferimos entregar as primícias da nossa bênção a quem nada fez por nossas igrejas a não ser animar a plateia durante uma hora.
Estamos cansados de pão e circo nas igrejas.
Precisamos urgentemente reformar nossa cultura sensacionalista e investir nosso dinheiro naquilo que é pão de verdade. Se o que gastamos com os shows experiencialistas fossem gastos em cursos teológicos ou em seminários de boa qualidade, certamente não estaríamos alugando pregadores, mas formando pregadores do mais alto nível para ministrar gratuitamente em nossas igrejas.
Em Cristo,
Marcelo Reis.
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Parabéns pelo o seu protesto. Faço minhas as suas palavras.
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