sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Você deixaria tudo por Ele?

Sai da tua terra, do meio da tua parentela, e da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrarei” Gênesis 12:1

         Ser chamado por Deus é um privilégio sem preço. Não que não haja um preço a ser pago, mas preço algum deste mundo vale tanto quanto ser do Senhor e tê-lo ao alcance da oração, como Pai e Salvador.
         Sabemos que não se paga pelo chamado com prata ou ouro, mas também sabemos que não é fácil deixar toda a bagagem que trouxemos do passado para estar com o Senhor.
         Deus chamou a Abrão dizendo: “Sai da tua terra, do meio da tua parentela, e da casa de teu pai,e vai para a terra que eu te mostrarei”. Abrão tinha setenta e cinco anos quando atendeu ao chamado de Deus, levando consigo sua mulher, seus servos e seu sobrinho Ló.
         Certamente não foi fácil abandonar toda uma história, a convivência com a família do pai, a terra onde sempre viveu e, entre todas estas coisas, os costumes aos quais era apegado. Provavelmente esta atitude gerou um certo desconforto frente a tantas renúncias.
         Aos setenta e cinco anos Abrão nos deixa exemplos de como proceder diante do chamado do Pai: 1) Não importa quanto tempo faz que você está familiarizado com seus conhecimentos, suas práticas e costumes; se Deus chamou, é tempo deixar tudo e obedecer.  2) Ao atender o chamado de Deus, vá e leve com você a sua família e todos que o cercam. 3) Embora o passado seja confortável e difícil de ser abandonado, não faz mais parte dos planos de Deus para sua vida, Ele escreveu uma nova história pra você, melhor e mais feliz.
         Você abandonaria tudo se Deus lhe chamasse para Sua vontade? Deixaria as tradições, os costumes, as teorias, as ideologias, o pecado e tudo o mais que fazem divisão entre você e o Senhor?
         Saiba que por sua causa Jesus abandou toda a Sua glória, se esvaziou de todo o Seu poder; deixou tudo de lado para dar a você uma esperança além da vida.
         Como homem aqui, ele quis ser castigado em seu lugar, adoeceu em seu lugar, e foi moído pelos seus pecados para que você fosse perdoado. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas Suas feridas fomos curados (Isaías 53:4,5).
         A Palavra de Deus diz que na presença do Senhor há abundância de alegria.
Se você ainda não deixou tudo por Jesus, e ainda não experimentou o valor de estar em Sua presença, faça isto agora. Clame por Ele e convide-o para assenhorear-se de sua vida. Diga a Jesus que você o aceita como único Senhor e Salvador da sua vida.
Que a graça do Senhor Jesus esteja sobre a sua vida! Paz e Bem!
Marcelo Reis.

sábado, 13 de novembro de 2010

E o Cordeiro Abriu o Livro!


Havia sessenta anos que Jesus fora assunto aos céus. Jerusalém já havia sido invadida, o Templo destruído, os cristãos perseguidos sem causa, e o ancião João confinado numa ilha onde todo tipo de bandidos era levado cativo.
         Depois de muita perseguição e castigo, João já não tinha mais tantas expectativas acerca de seu ministério, e não era para menos. Avançado em idade, ele parece esperar seus últimos dias chegarem, quando seu velho Amigo lhe surpreende uma vez mais para tornar João o escritor do livro mais estudado do Novo Testamento. Tudo o que João passou nestes tempos nos remete à certeza de que por mais que o inimigo pense ter calado os que anunciam a volta de Jesus, o Senhor tem sempre algo mais a fazer em nossas vidas, e sempre põe diante de nós uma porta de saída nos momentos mais difíceis.
         João estava na ilha, e ouviu quando alguém lhe chamou. Ao virar-se para ver quem era, a visão foi realmente espantosa: Jesus apresentou-se a ele na mesma forma em que se transfigurou no monte Tabor. A maravilhosa aparência de Jesus, descrita em Apocalipse 1:13-16 demonstra a grandiosidade do poder do Senhor em seu estado glorificado.
Mas a intenção de Jesus não era apresentar seu estado glorificado ao apóstolo, era mostrar a ele e a nós a glória que nos foi reservada. As coisas necessárias e urgentes às sete igrejas da província da Ásia tipificaram as necessidades universais da igreja em todos os tempos.
Tudo o que foi dito a João na revelação teve de ser escrito. Dentre tantas visões, uma nos traz um conforto especial, e uma segurança sem par. Em dado momento da visão, João é levado a contemplar uma sala, onde está o trono de Deus cercado de vinte e quatro anciãos e quatro seres que em todo o tempo cultuam a Deus.
João vê que na mão direita do Ser que estava assentado sobre o trono, havia um livro escrito por dentro e por fora. Mas o livro estava lacrado com sete selos.
Segundo a jurisdição romana, apenas alguém com méritos militares elevadíssimos eram dignos de abrir documentos lacrados com sete selos. A visão de João dizia que ninguém no céu ou na terra, nem embaixo dela fora achado digno de abrir o livro e de desatar os seus selos.
Ao ver que o livro não poderia ser aberto, João diz ter chorado muito, afinal de nada serve um livro tão importante, mas que não pode ser lido. A história de salvação da humanidade, o direito do homem se reconciliar com Deus, o livramento do inferno e da morte eterna estavam lá naquele livro. A história daquele livro era o juízo contra o pecado e a redenção das nossas vidas.
Mas se ninguém tinha dignidade para abrir, de que adiantaria esta linda história existir? De que valeria os propósitos de Deus em nos reconciliar consigo mesmo se ninguém levaria o plano a cabo?
Um ancião disse em alta voz: “Não chores. Eis aqui o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus selos!” Do meio da sala, entre o trono e os anciãos, surge um Cordeiro, como havendo sido morto e revivido, tomou o livro das mãos do que estava assentado sobre o trono. E os quatro animais cantavam: “Digno és, Senhor, porque com o Teu sangue compraste para Deus os que vêm de todo povo, tribo, língua e nação. E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes!”.
Ainda hoje ecoa em nossos corações o som da adoração que aconteceu naquele momento na presença de Deus, e uma sensação de liberdade nos conduz a adorá-lo, ao que está assentado no trono e ao Cordeiro damos toda a glória, e tudo o que há em nós reconhece que não há prazer maior do que ter o nome escrito naquele livro que foi aberto pelo Cordeiro.
Quando nos deparamos com a perseguição que recai sobre os crentes, brota em nosso peito a consolação do Espírito Santo que nos diz no coração: “Eu te farei um novo ‘João’, e lhe mostrarei grandes coisas; sobe aqui!”.
Por mais que a tribulação pareça ser grande, a Palavra nos garante que o Senhor nos faz andar em lugares altos, acima dos problemas e das tribulações. Mesmo quando o sofrimento nos confina em meio ao desespero, há um Amigo que nos surpreende a cada dia, em cada situação, nos fazendo crescer sempre mais na graça e no conhecimento do Filho de Deus.
A Ele a glória para sempre! Amém.

Marcelo Reis.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Salvem Nossos Cultos


Você já parou para se perguntar o que está faltando em nossos cultos para acontecerem mais milagres, conversões ou derramamento do Espírito Santo? Por que será que há alguns anos quase todos os dias alguém era batizado com o Espírito Santo e hoje acontece tão raramente?


         Os testemunhos de cura tornaram-se escassos, e quando não, são testemunhos imbuídos de emoção, ou pequenas curas, coisas que mais cedo ou mais tarde passariam mesmo sem o uso de um único comprimido.
         Hoje, infelizmente, quem tem mais milagres pra contar são os usuários das “capas de Elias”, dos “sopros do Espírito”, dos “lenços ungidos”, dos “paletós de profetas” e pessoas do tipo.
         O que está faltando em nossas igrejas? Louvor? – Com certeza não, afinal há igrejas que tem tanto louvor que quase não tem palavra.
         Cruzadas de Milagres? – Também não, o que não falta é pop star ungido fazendo cruzadas de milagres por aí.
         Oração? – Como oração, se tem crente indo pro monte orar toda noite até ver o mato pegar fogo?
         Então está faltando é contribuição! O povo tem que deixar de ser avarento e pôr dinheiro na salva! – Também não é! Nunca foram vistos tantos cifrões nos cofres da gospelândia como nas últimas décadas. Embora tem muita gente apegada ao dinheiro, tem muito crente abrindo a mão pra obra.
         Pedro e João estavam entrando no templo, quando foram interpelados por um paralítico pedindo esmola. A primeira atitude de um deles foi dizer: “Olha para nós”. Em segundo, disse: “Não temos ouro nem prata”. E finalmente: “Mas o que temos te damos: em nome de Jesus, levanta e anda!”. O que falta em nossos cultos é dignidade para que o mundo olhe para nós, pois não estamos tão distantes de suas práticas egoístas. Falta humildade para confessar que não temos ouro nem prata, em vez de declarar que já possuímos aquilo que não é nosso. E falta autoridade para usar o nome de Jesus, falta ter o “levanta e anda!”.
         Hoje, estamos muito ocupados, preocupados em falar língua estranha, em adornar as paredes do templo, em nos sentar em bons assentos, em possuir um bom condicionador de ar, mas estamos nos esquecendo de reparar o altar e pôr nele a lenha pra queimar!
         Vamos continuar a cuidar do visível, mas vamos dar prioridade ao invisível, ao insondável e incorruptível. A Deus seja a glória. Vamos descer à casa do Oleiro para que Ele molde o vaso segundo o Seu querer.
         Isso nos trará de volta a essência do culto cristão: a consciência do pecado, a conversão e a visão da soberania de Deus.

         No grato amor do Senhor,
         Marcelo Reis.

domingo, 7 de novembro de 2010

O Dízimo e o Cristão

Embora o dízimo seja uma prática comum em nossas igrejas, poucos ensinamentos causam tanta polêmica como este que irei abordar.
O cristão está obrigado a dizimar ou não? Antes de obter a resposta para esta pergunta, é necessário entender a abrangência do dízimo no tempo, bem como as formas de aplicação dadas a ele ao longo da história.

Antes da Lei


Abraão voltava de uma batalha, onde resgatara seu sobrinho Ló. Ao seu encontro vinha Melquisedeque, sacerdote do Senhor, trazendo pão e vinho para garantir a sobrevivência do homem de Deus. O escritor de Hebreus diz que Abraão ainda nem havia nascido quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro, deixando claro que este evento era um projeto de Deus, a fim de dar a Abraão a provisão e a bênção num tempo que ainda estava por vir. Reconhecendo a provisão de Deus na pessoa de Melquisedeque, Abraão entregou-lhe os dízimos de tudo (do que havia conquistado dos reis na guerra), demonstrando gratidão ao Senhor. (cf. Gn 14:18-20; Hb 7:1-10)
Anos depois deste evento, seu neto Jacó viajava de Berseba a Harã. Ao anoitecer, parou num lugar para dormir, usou uma pedra como travesseiro e adormeceu. Em sonhos, viu uma escada que tocava da terra ao céu, e no topo estava Deus. Do alto o Senhor lhe disse que o abençoaria e lhe daria uma grande nação como descendência, e renovou com Jacó as promessas feitas a Abraão. Acordando do sono, Jacó reconheceu aquele lugar como casa de Deus e fez ali um voto dizendo: “Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus, E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.(Gn 28:10-22)
No primeiro caso, Abraão reconhece em Deus a provisão que lhe manteve vivo e dá-lhe graças através do dízimo; e no segundo caso, ao perceber que as bênçãos do Senhor estavam sobre si, Jacó fez com Deus um propósito de dar-lhe os dízimos de tudo o que das Poderosas Mãos viesse a receber.

Na Lei de Moisés


Os filhos de Jacó fizeram o que era mau aos olhos do Senhor. Venderam como escravo aos estrangeiros seu irmão José, o mais querido de Jacó,  e disseram a seu pai que um animal o havia matado. Mas Deus, que conhece os corações, deu a José um lugar de respeito e o tornou governador do Egito. Enquanto José governava o Egito, a fome assolou as outras nações. Sua família foi ao Egito procurar mantimento e o encontraram lá como governador. Faraó permitiu que Jacó e os irmãos de José levassem sua família para viver no Egito, escapando assim da fome que os castigava em Canaã.
Muitos anos se passaram, os israelitas se tornaram um povo numeroso, José morreu e também o Faraó, e levantou-se um outro Faraó que não conhecia José e não via Israel com bons olhos. Este novo Faraó escravizou Israel, e esta escravidão durou aproximadamente quatrocentos anos, durante os reinados de outros faraós.
Mas a promessa de Deus para a descendência de Abraão era prosperidade, e não escravidão. O Senhor se serviu de Moisés para tirar Israel do Egito, e durante os quarenta anos que peregrinaram rumo à terra que Deus havia prometido, foram instruídos em como proceder na partilha das bênçãos daquela terra.
Das doze tribos descendentes de Jacó (Israel), onze partilhariam as terras entre si. A tribo de Levi fora eleita por Deus para Lhe servir no tabernáculo, e sua herança seria a décima parte de tudo quanto fosse produzido nas onze terras distribuídas, bem como da carne dos animais que nelas fossem criados. Esta era a herança dos levitas: os dízimos e as ofertas de seus compatriotas (Js 13:14).
Partindo daí, não fica difícil compreender a repreensão de Deus através de Malaquias, ao acusar os israelitas infiéis nos dízimos e ofertas alçadas de roubarem ao Senhor. Ao não entregar o dízimo para o sustento sacerdotal, o israelita estava cooperando contra o cumprimento da promessa de Deus feita à tribo de Levi, de viver da décima parte dos rendimentos anuais da terra de Canaã.
Na Lei de Moisés, o dízimo ganha caráter obrigatório, diferente do período patriarcal, quando era praticado por reconhecimento e grata voluntariedade.

No Cristianismo


É importante ressaltar que como imposição da Lei, só era permitido que sacerdotes levitas recebessem os dízimos. Provavelmente seja este o motivo de nenhum dos apóstolos ensinarem ou exigirem dos crentes os direitos sobre os dízimos. Jesus, em um único evento (e sob a Lei) comenta sobre a prática do dízimo por parte dos judeus (Mt 23:23 paralelo com Lc 11:42).
Nem Jesus, nem qualquer apóstolo faziam parte da tribo de Levi, o que não os qualificava segundo a Lei como receptores dos dízimos. Paulo ensina por vezes em suas epístolas sobre a contribuição cristã como ato de amor e voluntariedade.
Um fato importante a ser observado é que os judeus convertidos a Cristo não foram instantaneamente isentos do dízimo judaico por ainda fazerem parte da nação de Israel e, como israelitas que eram, deveriam manter-se firmes nos propósitos de Deus para com a nação. Somente em 70 d.C. com a queda de Jerusalém, quando o templo foi destruído por Nero, é que os judeus (tanto judeus cristãos como ortodoxos) deixaram de entregar os dízimos, pois sem o templo cessou o trabalho levítico-sacerdotal. Com o fim do sacerdócio, os judeus deixaram também de oferecer holocaustos, e vivem até os dias atuais sob a liderança dos rabinos.
Aos cristãos não-palestinos o dízimo jamais fora ensinado pelos apóstolos. Nenhuma pessoa que vivia fora das terras partilhadas pelas tribos era responsável por sustentar a tribo de Levi, pois não desfrutavam a herança entre a descendência de Jacó.
Portanto, aplicar Malaquias 3:8-12 à Igreja como obrigatoriedade é, no mínimo, deturpar o texto sagrado, torcê-lo para dizer o que não diz. O versículo 6 trata os interlocutores de Malaquias como “descendentes de Jacó”, ou “filhos de Jacó”, o que exclui os gentios.
Isto quer dizer que o cristão não deve ser dizimista? Não, não quer dizer isto. O que este artigo pretende levar a você, leitor, é o fato de que o dízimo pode sim ser adotado pela Igreja, mas como o foi antes da Lei: por gratidão e reconhecimento, sendo participante de bênçãos sem fim, pois Deus ama a quem dá com alegria (II Cor 9:8), mas não devemos fazer disto uma moeda de troca com Deus. Também não devemos ver o dízimo como ato salvífico, e o não dizimar não deve ser confundido com avareza, desde que o crente seja dado a ofertar de coração aberto.
A dívida que tínhamos com Deus foi paga por Jesus na cruz do Calvário, e toda cédula que nos era contrária foi por Ele cravada na cruz.
É triste ouvir pregadores respeitados aterrorizando igrejas sob a ameaça de que Deus (Deus?!) enviará o devorador a suas casas em caso de falha na contribuição mensal do dízimo. Entenda que nem mesmo no contexto de Ml 3:8-12 Deus está ameaçando os infiéis a lhes enviar o devorador (que se tratava de uma praga de gafanhotos que devorava lavouras, não de um demônio), o que Deus faz neste contexto é prometer aos fiéis, que por amor a eles e à sua fidelidade o devorador será repreendido. Percebe-se uma diferença colossal entre enviar uma praga por causa da infidelidade e repreendê-la por amor à fidelidade.
O objetivo deste artigo não é levantar ainda mais questões além das que já existem sobre o dízimo, tampouco quero questionar a idoneidade das denominações que aplicam o dízimo como contribuição sistemática (aliás, eu mesmo sou dizimista), o que desejo realmente através deste artigo é que nada, absolutamente nada, ponha preço à salvação conquistada e outorgada de graça por Deus, através da fé em Seu Amado Filho, Jesus Cristo – o nosso Senhor.

A Graça do Senhor Jesus seja com todos!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cuidado: Illuminati!


“E eu, irmãos, apliquei estas coisas por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito (...­­).– I Cor 4:6

         Você já deve ter se deparado com diversos tipos de escatologia. As linhas escatológicas que já eram conhecidas como milenistas e amilenistas têm agora mais uma parceira: a escatologia aterrorizante.
         Um pregador (?!) conhecido como Irmão Rubens tem distribuído inúmeros DVD’s produzidos por ele mesmo, disponibilizados na rede e divulgados de forma massiva a fim de alcançar o maior número possível de expectadores para “informá-los” a respeito de “verdades ocultas”, que – graças a ele, é claro – acabam de ser reveladas aos pobre mortais – nós, crentes.
         As tais verdades ocultas consistem num apanhado de informações fora do devido contexto, apresentadas aleatoriamente visando afirmar que o mundo é regido por um grupo de treze famílias (as mais poderosas do planeta) que manipulam os governos, a mídia e a vida das pessoas comuns, traçando no mundo o perfil necessário para a chegada do anticristo.
         Conforme apresentado nos vídeos, este grupo formado pelas treze famílias, compõe uma sociedade secreta chamada Illuminati, que em latim significa “Iluminados”. Os Illuminati seriam compostos por importantes membros da maçonaria e de outras sociedades secretas, pessoas importantes como os Bush, Barack Obama, os Rothschild, Rockefeller etc.
         É bem verdade que a Bíblia afirma que nos tempos do fim o anticristo se revelará e reinos inteiros se darão a seu trabalho, para estabelecer seu poder. Mas aos olhos do Irmão Rubens todas as grandes empresas multinacionais, a mídia, a ONU e tantos outros órgãos mundiais já estão inclusive promovendo um genocídio em escala mundial para reduzir a população em 90% de seu contingente atual.
         Segundo propõem os vídeos há dezenas de milhares de “caixões” da FEMA na Geórgia preparados para receber corpos de vítimas do tal genocídio (que na verdade são contêineres preparados para receber material radioativo e/ou corpos de vítimas de tragédias, como as que há freqüentemente nos EUA), além dos ônibus de evacuação em massa. Há também o Mondex (ou biochip) que, para Rubens, é a marca da besta.

         O que quero questionar aqui não é a veracidade da chegada do anticristo ou o envolvimento dos governos e dos meios de comunicação com a vinda dele. Não pretendo também esconder o fato de que a Nova Ordem Mundial deverá ser estabelecida para que se cumpra as Escrituras. Sabemos que o anticristo reinará, e que haverá tempos difíceis sobre a terra como nunca houve antes. Nosso real problema aqui é o desvio do foco escatológico, que são a volta de Jesus e o gozo da Igreja. Quando o anticristo reinar, não estaremos mais aqui para sermos enganados pelo homem do pecado, pois o Senhor já terá vindo arrebatar a Sua Igreja.
         Não podemos deixar de anunciar a volta de Jesus por outros meios que não seja a salvação e a Palavra de Deus. O que nosso irmão em lide está fazendo é exatamente o contrário: pregar o arrependimento através do medo e do terrorismo escatológico.
         Ademais, vale questionar se é digno de credibilidade dos crentes o ensinamento de um homem que não reconhece a Bíblia como Palavra de Deus.  Uma busca rápida pelo YouTube mostrará os vídeos onde ele nega categoricamente a Bíblia como infalível ou como Palavra de Deus. Ele, inclusive diz que a Bíblia mente.
         Queridos, vamos nos firmar nas Escrituras, pois são elas quem testemunham sobre o nosso Deus, e tenhamos o cuidado de não irmos além do que está escrito.

         Em Cristo Jesus, Graça e Paz!
         Marcelo Reis.