Você já parou para se perguntar o que está faltando em nossos cultos para acontecerem mais milagres, conversões ou derramamento do Espírito Santo? Por que será que há alguns anos quase todos os dias alguém era batizado com o Espírito Santo e hoje acontece tão raramente?
Os testemunhos de cura tornaram-se escassos, e quando não, são testemunhos imbuídos de emoção, ou pequenas curas, coisas que mais cedo ou mais tarde passariam mesmo sem o uso de um único comprimido.
Hoje, infelizmente, quem tem mais milagres pra contar são os usuários das “capas de Elias”, dos “sopros do Espírito”, dos “lenços ungidos”, dos “paletós de profetas” e pessoas do tipo.
O que está faltando em nossas igrejas? Louvor? – Com certeza não, afinal há igrejas que tem tanto louvor que quase não tem palavra.
Cruzadas de Milagres? – Também não, o que não falta é pop star ungido fazendo cruzadas de milagres por aí.
Oração? – Como oração, se tem crente indo pro monte orar toda noite até ver o mato pegar fogo?
Então está faltando é contribuição! O povo tem que deixar de ser avarento e pôr dinheiro na salva! – Também não é! Nunca foram vistos tantos cifrões nos cofres da gospelândia como nas últimas décadas. Embora tem muita gente apegada ao dinheiro, tem muito crente abrindo a mão pra obra.
Pedro e João estavam entrando no templo, quando foram interpelados por um paralítico pedindo esmola. A primeira atitude de um deles foi dizer: “Olha para nós”. Em segundo, disse: “Não temos ouro nem prata”. E finalmente: “Mas o que temos te damos: em nome de Jesus, levanta e anda!”. O que falta em nossos cultos é dignidade para que o mundo olhe para nós, pois não estamos tão distantes de suas práticas egoístas. Falta humildade para confessar que não temos ouro nem prata, em vez de declarar que já possuímos aquilo que não é nosso. E falta autoridade para usar o nome de Jesus, falta ter o “levanta e anda!”.
Hoje, estamos muito ocupados, preocupados em falar língua estranha, em adornar as paredes do templo, em nos sentar em bons assentos, em possuir um bom condicionador de ar, mas estamos nos esquecendo de reparar o altar e pôr nele a lenha pra queimar!
Vamos continuar a cuidar do visível, mas vamos dar prioridade ao invisível, ao insondável e incorruptível. A Deus seja a glória. Vamos descer à casa do Oleiro para que Ele molde o vaso segundo o Seu querer.
Isso nos trará de volta a essência do culto cristão: a consciência do pecado, a conversão e a visão da soberania de Deus.
No grato amor do Senhor,
Marcelo Reis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário