sábado, 4 de setembro de 2010

De Volta ao Primeiro Amor

Quem consegue esquecer o início da caminhada na fé? Aquele sentimento maravilhoso de que nada mais no mundo importa além do amor de Jesus, a experiência com o Espírito Santo e a presença de Deus na vida quotidiana... Quem é capaz de explicar?
Sempre que alguém tem uma experiência verdadeira com a pessoa do Senhor Jesus, um primeiro encontro, real e pessoal, é levado a reconhecer que não há amor maior do que este! É tão incondicional, é tão maravilhoso! A grande verdade é que o nosso pequeno e egoísta coração não poderá jamais entender como pôde o Verbo Eterno de Deus se fazer como um de nós, sofrer por nós, carregar a nossa dor e tomar sobre Si todos os nossos pecados e enfermidades só por amor. Oh, Aleluia!
O primeiro encontro com esse tão grande amor, faz de qualquer novo convertido um verdadeiro apaixonado pelo Jesus que acaba de conhecer. Nosso grande problema mora justamente aqui. Em estar “apaixonado”. Não venho aqui fazer crítica às belas canções que declaram paixão por Jesus, este não é o meu alvo. O problema em estar apaixonado vai muito além do que pode parecer, afinal a paixão é um sentimento cego que limita a visão e destitui o indivíduo de sua capacidade de raciocinar.
O primeiro amor é tão grandioso e edificante que nos faz prestar atenção a todos os pequenos detalhes no culto, apreciando com carinho cada palavra, cada louvor, dando importância a cada testemunho contado na igreja. Faz jus a 1Cor 13, suportando tudo, crendo, esperando, sofrendo...
No início...
Mas o tempo não pára e acaba surgindo em nós uma certa vontade de "crescer". Acreditamos estar adquirindo maturidade e passamos a perceber que aquelas pessoas que tanto admirávamos não passam de pessoas comuns e falíveis. Aquela “aura mística” que tornava o corpo de obreiros num grupo de pessoas com um nível espiritual privilegiado acaba se desvanecendo, mostrando que na verdade somos todos iguais. Vivemos todos as mesmas paixões, estamos sujeitos aos mesmos pecados.
A essas alturas ver que a igreja onde congregamos está cheia de pessoas comuns e pequenas como nós, parece degenerar o valor do culto prestado a Deus naquele lugar. A Palavra viva que antes fazia inundar os olhos, e que tocava fundo no coração, agora parece não ter mais o mesmo calor simplesmente porque descobrimos que o pregador não foi capaz de criar os filhos na igreja ou porque num determinado dia o vimos agir de uma maneira diferente da que esperávamos... Acabamos por submeter a eficácia da mensagem da Palavra de Deus ao mérito do mensageiro. Isso é lamentável.
Provavelmente o Espírito Santo sinta saudades do tempo em que bastava alguém dedilhar um violão pra entrarmos em Sua presença adorando a Cristo com os olhos transbordando e o peito cheio de amor... Aqueles bons tempos quando os crentes sentavam-se e engrandeciam o nome do Senhor por simplesmente ser bom como Ele é.
Não deve ser fácil pra Jesus ver o Seu povo reunido numa grande e numerosa congregação quando apenas meia dúzia de crentes estão realmente O adorando... Enquanto isso, os outros mil crentes estão preocupados com qualquer outra coisa que não aponte para Deus. Alguns aproveitam o “encontro do povão de Deus” pra fazer negócios, marcar jantares, programar viagens, fofocar e o que é pior: observar atentamente o culto com o único objetivo de criticar alguém no final.
Mas a Bíblia tem uma palavra pra cada um de nós: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e pratica as primeiras obras.” Ap 2:5.
Ainda há tempo, e Jesus está à porta batendo gentilmente, pedindo para entrar. Vamos nos arrepender e voltar às primeiras obras, daquele primeiro amor com que amamos o Senhor.
O Senhor não mudou, e nunca mudará. O mesmo prazer que Ele tinha em nossa adoração, Ele continua tendo. Sua disposição em nos ouvir é infinita e Seus cuidados não nos desamparam jamais. Ele não muda nunca, nós é que mudamos o tempo todo!
Vamos voltar ao primeiro amor, voltar a dizer a Jesus o quanto Ele é importante, fazer dele o Amigo de todas as situações.
Você pode dizer que Jesus está incluído em todas as suas circuntâncias? Você tem se deixado à disposição dele para que ele faça o mesmo com você? Pense nisso.
Que a Graça de Deus seja sempre abundante sobre sua vida!
Em Cristo,
Marcelo Reis.

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Um comentário:

  1. Gostei muito do texto todo...

    em especial dessa parte:

    "A essas alturas ver que a igreja onde congregamos está cheia de pessoas comuns e pequenas como nós, parece degenerar o valor do culto prestado a Deus naquele lugar. A Palavra viva que antes fazia inundar os olhos, e que tocava fundo no coração, agora parece não ter mais o mesmo calor simplesmente porque descobrimos que o pregador não foi capaz de criar os filhos na igreja ou porque num determinado dia o vimos agir de uma maneira diferente da que esperávamos... Acabamos por submeter a eficácia da mensagem da Palavra de Deus ao mérito do mensageiro. Isso é lamentável."

    Lamentável MESMO! E muito recorrente e comum!

    Abraços,

    Gariba

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