É madrugada. Um barco tripulado por doze homens havia partido no fim da tarde e está agora no meio da escuridão, açoitado já há horas pelas ondas fortes levantadas pelo vento.
No meio da tempestade eles vêem uma figura espectra distorcida pelas águas vindo em sua direção caminhando por cima das águas. "É um fantasma!", gritaram alguns assustados, mas era Ele! O único capaz de acalmar o vento e as águas do mar!
Os doze ainda cheios de medo, gritavam apavorados até que um deles disse: "É o Senhor!" e prosseguiu: "Se és tu, Senhor, faz-me ir ao teu encontro caminhando sobre as águas!". Este entre os doze era Pedro, o mais desequilibrado dos discípulos de Jesus. Existia, ao menos para outros, uma grande possibilidade de aquele que vinha sobre as águas não ser Jesus. Poderia ser um fantasma, Zeus, Netuno, ou qualquer outro personagem da mitologia, ou talvez até um demônio. Mas para Pedro não, seu coração ardia sentindo a presença de seu Senhor que vinha quebrando as ondas e enfrentando a força da tempestade para lhe socorrer.
Jesus vê nos olhos de Pedro a ansiedade e o desespero, e convida-o a caminhar por cima das águas...
Esta história se parece com a sua. Quantas vezes você saiu para algum lugar na mesma condição destes discípulos? Quantas vezes as ondas se levantaram e o vento lhe fez pensar que não houvesse mais saída para aquela situação? Talvez o Senhor já tenha vindo encontrá-lo por cima das águas e pelo meio do vento que personificam suas tribulações, mas o medo e o desespero lhe tenha feito pensar que o Senhor fosse apenas mais um fantasma.
No meio do caos e da tempestade a aparência de Jesus pode parecer distorcida, e sua única saída pode parecer uma cilada. Você pode escolher que tipo de pessoa quer ser: um dos onze que ficaram no barco morrendo de medo, ou andar por cima das águas com Jesus.
Sei que não é tão fácil superar as tribulações. Muito mais difícil foi andar sobre as águas. As histórias nem sempre são iguais. Ora Deus abre o mar, ora faz calmaria em meio ao temporal, mas o socorro de Deus alcança a todos quantos invocam o seu nome.
Por isso, creia! Ele ainda acalma tempestades.
Marcelo Reis.
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