Ler e compreender as Escrituras Sagradas é (ou deveria ser) um dos pilares da vida de todo cristão. Este é , sem dúvida, um grande motivo para se levar a sério o contato que temos com a Palavra de Deus.
Às vezes sou procurado por amigos ou alunos da EBD pedindo orientação quanto a que tradução utilizar para uma boa compreensão do texto bíblico. Por isso achei interessante compartilhar com os leitores do Blog Verbo Eterno algumas de minhas preferências de tradução que costumo recomendar. Quanto às Bíblias de Estudo prefiro alertar que geralmente uma denominação adota ou recomenda a Bíblia de Estudos que mais concorde com seus ensinamentos. Isto acaba por dar ao leitor (entenda-se empurrar goela abaixo) a interpretação do comentarista prontinha, causando um sentimento de pré-concepção, premissa. O melhor auxílio no estudo das Escrituras é um bom comentário bíblico (eu uso por preferência minha o Comentário Bíblico NVI).
Além das consagradas versões Almeida Revista e Corrigida, Almeida Corrigida Fiel, e Almeida Revista e Atualizada, temos em língua portuguesa algumas traduções que fazem toda a diferença para leitores do nosso tempo devido à contemporaneidade da tradução. Seguem alguns exemplos:
Bíblia Almeida Século 21
Para quem procura um texto claro e culto ao mesmo tempo, esta é a tradução ideal. A simplificação do texto na Almeida Século 21 não fere o estilo clássico das versões de João Ferreira de Almeida, o que irritaria a muitos leitores de traduções contemporâneas. Esta versão atende muito bem a quem deseja um texto claro sem o emprego de pronomes como "você(s)" ou simplificações empobrecedoras que aparentem a perda da reverência pelo texto sagrado (o que é uma constatação puramente pessoal). Conta também com introduções básicas, mas precisas, de cada livro da Bíblia.
Linguagem clara e atualizada, fiel à mensagem dos textos originais. Esta é a principal característica da Nova Bíblia Viva. Possui um texto agradabilíssimo, num estilo envolvente e didático. Ao ler esta versão, o leitor tem a sensação de estar lendo uma pregação. Aconselhável para grupos de estudos e para novos convertidos. Também os exegetas se sentirão mais à vontade diante de textos obscuros traduzidos com clareza nesta versão. Calendários, medidas e expressões semíticas serão narrados conforme o nosso uso comum. Assim sendo, iremos ler "9 horas da manhã" em lugar de "terceira hora do dia" e "A e Z" em lugar de "Alfa e Omega".
Para quem procura um texto claro e culto ao mesmo tempo, esta é a tradução ideal. A simplificação do texto na Almeida Século 21 não fere o estilo clássico das versões de João Ferreira de Almeida, o que irritaria a muitos leitores de traduções contemporâneas. Esta versão atende muito bem a quem deseja um texto claro sem o emprego de pronomes como "você(s)" ou simplificações empobrecedoras que aparentem a perda da reverência pelo texto sagrado (o que é uma constatação puramente pessoal). Conta também com introduções básicas, mas precisas, de cada livro da Bíblia.
Linguagem clara e atualizada, fiel à mensagem dos textos originais. Esta é a principal característica da Nova Bíblia Viva. Possui um texto agradabilíssimo, num estilo envolvente e didático. Ao ler esta versão, o leitor tem a sensação de estar lendo uma pregação. Aconselhável para grupos de estudos e para novos convertidos. Também os exegetas se sentirão mais à vontade diante de textos obscuros traduzidos com clareza nesta versão. Calendários, medidas e expressões semíticas serão narrados conforme o nosso uso comum. Assim sendo, iremos ler "9 horas da manhã" em lugar de "terceira hora do dia" e "A e Z" em lugar de "Alfa e Omega".
Tanto a tradução NVI quanto a Bíblia de Estudo NVI são excelentes opções para uma boa compreensão do texto sagrado. Esta versão apresenta uma linguagem claríssima com um texto rico no emprego de palavras (embora empregue pronomes pessoais informais como "você e vocês" em vez de "tu e vós"). Embora a NVI tenha sido alvo de um verdadeiro bombardeio por parte dos defensores do Texto Recebido, acusada de diminuir em parte alguns atributos de Cristo, posso dizer que a mensagem integral da NVI não diverge em absolutamente nada da ortodoxia cristã. Alguns trechos (em alguns casos versículos inteiros) omitidos pela NVI apenas são omitidos por não constar na maioria dos mais antigos e melhores manuscritos na língua original. Toda a doutrina de Cristo e da salvação, quando omitida num trecho, é amplamente afirmada noutra parte. Esta é, com certeza, uma das melhores traduções disponíveis em língua portuguesa.
Com base na consagrada tradução de João Ferreira de Almeida, na versão Revista e Corrigida - 4ª Edição, os auxílios exegéticos e hermenêuticos desta Bíblia levam a atenção do leitor aos idiomas originais. As inúmeras notas de referência cruzada induzem, durante a leitura, a verificação do mais amplo sentido das palavras na língua original do texto em questão. Nem sempre o que o escritor tinha em mente pode ser traduzido com uma justa equivalência para o português. Nesta Bíblia, o leitor contará com o auxílio dos dicionários grego e hebraico dispostos no final do volume, que irão esclarecer o significado e os motivos do emprego de determinada palavra por parte do escritor. Além disto, notações gramaticais gregas, introduções de cada livro, notas de rodapé e uma das mais completas opções de concordância bíblica fazem desta preciosa publicação uma ferramenta indispensável nas mãos de um bom expositor da Palavra de Deus, seja ele pregador ou professor.
Bíblia NVI em Ordem Cronológica
Traz a mesma fluência da tradicional NVI, apresentada em ordem cronológica. Esta Bíblia não é organizada em livros e capítulos como nas versões tradicionais, mas em temas dispostos cronologicamente. A cronologia não é regida pela data da autoria do livro, mas do acontecimento narrado. Por exemplo, em lugar de Gn 1:1, o primeiro versículo dela é Jo 1:1 "No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus e era Deus..." - em seguida Gn 1:1 - "No princípio Deus criou os céus e a terra..." A localização dos salmos nesta Bíblia também obedece a ocasião da composição. Você não encontrará nela o "Livro dos Salmos", mas os salmos dentro do contexto de sua composição. É claro que a cronologia apresentada no exemplar não é inerrante por ser fruto da interpretação de alguns estudiosos, e não há unanimidade quanto à certeza da disposição cronológica apresentada nesta Bíblia, mas ainda assim a organização cronológica assim como está disponível ajuda muitíssimo a compreender a história do povo de Deus em cada época sem confusão de contextos. É altamente recomendável a qualquer professor ou pregador.
Bíblia Sagrada Edição Comparativa
A conciliação perfeita entre fidelidade e atualidade. A organização desta Bíblia é maravilhosa. Na coluna esquerda lemos o texto da Almeida Revista e Corrigida, paralelo ao da Nova Versão Internacional na coluna direita. A comparação entre versões é um hábito antigo de quem deseja eliminar interpretações ambíguas, e esta edição oferece o conforto de usar nos cultos duas Bíblias em um único volume.
Nela podemos unir a mais consagrada versão protestante (ARC) e a mais atual (NVI).
A Bíblia de Jerusalém
Fruto de anos de trabalho de eruditos católicos e protestantes, na Escola Teológica de Jerusalém, a Bíblia de Jerusalém é um instrumento precioso no campo exegético. Embora a Escola de Jerusalém seja uma entidade católica romana e a BJ contenha os livros deuterocanônicos, o trabalho realizado na tradução e notas de estudo desta Bíblia agradou muito o público erudito protestante. É conhecida pelo seu texto fidelíssimo ao original, traduzido diretamente dos melhores manuscritos hebraicos, aramaicos e gregos - diferentemente das outras versões católicas, frutos da tradução da Vulgata Latina e da Vetus Latina, em latim. Uma das riquezas desta Bíblia é o apoio geográfico, cultural, histórico e contextual que oferece a passagens de difícil interpretação. Suas introduções em cada livro ou bloco de livros são interessantíssimas: recomendo a todo estudioso que deseja se aprofundar.
Espero que as sugestões apresentadas aqui o ajudem a escolher uma boa versão que lhe traga conforto e clareza no estudo bíblico. O que costumo aconselhar ao adotar uma nova tradução para consulta é o seguinte: a Palavra de Deus esposada na Bíblia Sagrada é aceita e reconhecida no seu contexto integral. A aparente divergência em textos isolados de uma versão para outra não deve desqualificar a tradução como uma perversão da Palavra de Deus, como é comumente considerada a Tradução do Novo Mundo, adotada pelas Testemunhas de Jeová.
Bons estudos a todos!
Marcelo Reis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário