Muitos de nós quando aceitamos e afirmamos nossa fé em Jesus, acreditávamos que estar em Cristo fosse sinônimo de ter os problemas resolvidos. Na verdade, Deus nunca disse isso.
Quantos fomos conquistados por pregações que diziam que ao aceitarmos a Cristo como Senhor, ele cuidaria de todos os nossos problemas, e jamais experimentaríamos o sofrimento outra vez. É verdade que este tipo de pregação trouxe muitos pecadores a Cristo, mas infelizmente muitos crentes abandonaram a fé ao descobrirem que na prática, o mesmo que sucede a ímpio, sucede também a justo.
Tantas vezes nos perguntamos como pode alguém justo e crente, ser oprimido e tentado, às vezes envergonhado e até decepcionado nos projetos que deixou nas mãos do Senhor, enquanto o vizinho ao lado, ímpio, desonesto, blasfemador e escarnecedor troca de carro duas vezes por ano e parece nunca ter um problema para resolver.
Alguns atribuem isso ao destino e outros à sorte, mas a Bíblia diz que a mesma sorte está sobre o justo e sobre o ímpio. O sábio Salomão diz que dedicou toda a sua vida a observar as vaidades que acontecem debaixo do sol, e chegou a uma conclusão: o grande mal que há debaixo do sol é que tudo sucede igualmente a todos:
“Pois a mesma coisa acontece com os honestos e os desonestos, os bons e os maus, os religiosos e os não-religiosos, os que adoram a Deus e os que não adoram. A mesma coisa acontece com quem é bom e com quem é pecador, com a pessoa que faz juramentos e com a que não faz.” (Ec 9:2 - NTLH)
O salmista Asafe diz no Salmo 73 que ao comparar sua vida com a vida do ímpio, seus pés quase se desviaram, pois viu que o ímpio sofria menos, não vivia em apertos como ele, e até quando morria, morria melhor. Asafe só pôde perceber o real propósito do Senhor quando entrou em Seu santuário e o Senhor lhe fez saber que colocou o ímpio num lugar alto e escorregadio, e é grande a sua queda!
Servir a Deus esperando os bens desta vida é algo que pode ser frustrado, pois o nosso bem é eterno, onde o ladrão não rouba e a traça não rói (Lc 12:33). O Senhor é justo para fazer prosperar os caminhos dos que O temem, mas isso depende mais de nós, de nossas decisões, do que duma intervenção divina propriamente dita. Temos o direito de escolher e de consultar o Senhor, mas estamos sujeitos a errar, assim como qualquer outro.
Há muitos ímpios fazendo o que devíamos fazer. Muitos incrédulos são mais prudentes do que nós: eles se planejam, projetam suas carreiras, estudam, plantam e colhem o que plantaram. Os resultados alcançados por quem age assim serão os mesmos tanto para os justos quanto para os ímpios, porém ao fim, os primeiros verão a Deus e os últimos serão empobrecidos e jamais receberão o galardão dos santos.
Seja o nosso propósito em amar ao Senhor, em servi-Lo com tudo o que somos, fazendo o que convém, agindo prudentemente nas coisas da vida, buscando primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, certo de que tudo o mais, sendo necessário, nos será acrescentado.
O Senhor tem sempre uma saída, Ele é capaz de resolver qualquer situação, mas é Seu prazer nos ver crescendo e aprendendo a decidir segundo a boa Luz que Ele nos tem dado.
Paz e bem, em Jesus Cristo, Senhor e Deus.
Marcelo Reis.
O conteúdo do artigo é muito pertinente a muitos de nós. Deus nos dá todas as ferramentas e instrumentos de que precisamos para vencermos nossos problemas e sermos felizes. É importante que nos atentemos a isso.
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