“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” (I Coríntios 13:11)
O número de pentecostais brasileiros representa hoje a maior parte dos protestantes do país. Algumas igrejas têm crescido de forma assustadora, conquistando populosas cidades e alcançando um número de fiéis impressionante. Acredita-se que os pentecostais somam mais de 70% dos protestantes do Brasil.
Sempre soa como boa notícia o crescimento da igreja de Jesus, haja vista o prazer que sentimos ao ver os frutos do Evangelho sendo colhidos. Mas até onde podemos considerar sadio este crescimento? É um verdadeiro crescimento ou a Igreja Pentecostal está inchada?
Não pretendo tratar neste artigo o caso dos neopentecostais, que abordarei em outra ocasião, mas será muito interessante discorrer um olhar reformado sobre nossa conduta como pentecostais, considerando a condição de protestantes que somos.
Os últimos anos têm se mostrado a era dourada do experiencialismo. Nunca as experiências tiveram um lugar tão elevado na vida dos pentecostais, a ponto de superar a importância do texto bíblico quando confrontados. Todo cristão necessita realmente de experiências com o Espírito Santo, mesmo as sobrenaturais e talvez incompreensíveis à luz da teologia. Mas devemos sempre nos perguntar até que ponto a experiência concorda com as Escrituras.
A graça de Deus é multiforme, e sabemos que o Senhor opera como quer. Isso não quer dizer que Ele faz desordem quando quer, faz pessoas uivarem quando quer, faz algumas pessoas se rastejarem feito cobras e a fazerem outros tipos de expressões que além de desfigurar o indivíduo, o faz agir como se estivesse num terreiro. Este não é o pentecostalismo bíblico. As Escrituras ensinam a manter a ordem no culto e afirmam que Deus não é Deus de confusão.
A Bíblia diz que nossos cultos devem ser racionais (inteligentes) e descentes. Em todo tipo de manifestação, o Espírito de Deus tem plena liberdade e autoridade para agir como quer, mas sempre e infalivelmente estará em acordo com a Palavra de Deus. O Espírito Santo jamais causará dúvida num coração ao desafiar um texto sagrado através de uma experiência antibíblica.
Os gnósticos dos primeiros séculos da Igreja: acreditavam ter um conhecimento espiritual não revelado por escrito, que suplantava todo tipo de ensinamento, e ganhava popularidade por ser considerado superior a outros ensinos por ser dado diretamente por Deus. Este comportamento os colocou no rol das seitas primitivas da era cristã. Será o caso de estarmos fazendo o mesmo?
Não sejamos meninos, já que chegamos à maturidade vamos abandonar as coisas de menino e submeter nossas experiências à Palavra de Deus.
Marcelo Reis.
Muito bom Marcelo, concordo plenamente com você, temos que ser racionais.
ResponderExcluirEm Cristo.
Amarildo.
vai nesta força,que DEUS te abençoe em cristo jesus.Irmão Tista.
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