Tudo o que Ele deveria fazer era morrer em nosso lugar, carregando as nossas dores e nos livrando do tão pesado fardo atado às nossas costas. Não lhe fora pedido que sofresse durante toda uma noite padecendo fome e sede, e não parecia necessário carregar uma cruz tão pesada, tudo o que Ele precisava fazer era morrer. Nossas culpas diante de Deus exigiam um alto preço, mas Seu sangue puro era o suficiente para nos reconciliar com o Pai.
No começo era só um garoto, um jovem carpinteiro dedicado ao trabalho com o homem que Deus separou para lhe ser como pai. Ele tinha um jeito especial de falar, seu olhar penetrava tão profundamente os corações que, ao conhecê-lo, não dava mais pra ficar sem lhe dar atenção.
Mais tarde, quando já não era mais nenhum garoto, Ele começa o trabalho que O motivou a ser como um de nós. João estava batizando no rio Jordão, quando Jesus foi procurá-lo para receber seu batismo. Não era mais aquele jovem carpinteiro conhecido como o filho de José, naquele momento era revelado aos homens que Jesus de Nazaré é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Durante três anos e meio Ele viu de perto as coisas que angustiam os homens. Suas mãos curavam cegos, aleijados, ressuscitavam mortos e expulsavam demônios. De cinco pães e dois peixes fez uma grande refeição que alimentou mais de cinco mil pessoas. Ele conheceu o que é perder alguém querido. Submeteu-se à condição humana, e mesmo sendo Deus não teve a pretensão de viver como Deus, em vez disso, esvaziou-se de todo o Seu poder e fez-se um pouco menor que os anjos – um homem.
Jesus vivia no meio de um povo que não conhecia a misericórdia, que estava acostumado a ver Deus cobrar o sangue das nações que se levantavam contra o Seu povo, e mesmo no meio deste povo quem cometesse algum pecado grave lhe era cobrada a vida. A vida humana de Jesus veio nos revelar um lado ainda desconhecido de Deus. Na pessoa de Jesus conhecemos o Deus que chora, sente dores e saudades, o Deus que restaura o coração ferido e que tira o homem pecador dum lamaçal de pecados para colocá-lo num lugar alto.
Ele viu de um novo ângulo as aflições que levam o homem a chorar, se desesperar e muitas vezes desistir da caminhada. Em sua presciência, sabia de tudo o que Lhe estava reservado e em algum momento da eternidade Ele decidiu vencer tudo por cada um de nós.
A culpa era nossa, o pecado era seu e meu. O castigo que nos estava reservado foi anulado porque Jesus comprou a nossa dívida, e toda nota que nos tornava devedores foi cravada naquela cruz que o Senhor carregou por nossa causa!
O profeta Isaías predisse este evento da seguinte forma:
“Ele cresceu diante do SENHOR como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos. Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” Isaías 53:2-5
Seu corpo já não tinha mais a mesma força, afinal foram doze horas sem comer e sem beber... Uma noite toda de castigo e zombarias... O azorrague* havia mutilado sua pele enquanto era açoitado pelo soldado romano. As feridas feitas no castigo ainda ardiam quando ele foi levado ao Calvário.
A cruz não era dele. O criminoso Barrabás, era muito maior. Para que Jesus fosse pregado na cruz feita para Barrabás foi necessário esticar o Seu corpo cansado até que as mãos se encaixassem no lugar preparado para os cravos.
Lá estava o Senhor sofrendo na cruz. Não foi fácil como alguns julgam. Ele era Deus naquele momento, mas em condição humana sentiu a mesma dor que você sentiria em seu lugar. Por causa dos nossos pecados Ele foi abandonado naquela cruz. Suas mãos que operaram tantos milagres e se estenderam a tantos, estavam lá estendidas mais uma vez por mim e por você, mas desta vez traspassadas por enormes cravos que o prendiam no madeiro...
Já faz tanto tempo, mas parece que ainda podemos sentir o cheiro do madeiro lavrado, parece que ainda podemos tocar a cruz com as mãos e ouvir a voz do Mestre gritando: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
Eu quero lhe dizer, meu amigo leitor, que esta sensação não é mera coincidência. O sacrifício que Jesus fez em seu lugar é um sacrifício eterno e tão eficaz que se você se arrepender hoje dos seus pecados, ainda há poder de salvação neste sangue pra lavar os seus pecados e transformar a sua vida! Jesus sentiu o abandono do Pai por carregar os seus pecados, tudo isso pra que você não seja abandonado por Deus em momento algum da sua vida. Ele venceu o inferno e a morte para que não tivessem poder sobre você.
Se esta mensagem tocou o seu coração, se você pôde sentir o Espírito Santo lhe convidando a aceitar a Cristo como o Senhor da sua vida, faça isso agora. Entregue-se ao Senhor e desfrute destas tão grandes bênçãos que Jesus conquistou por você.
Que Deus o abençoe em nome de Jesus.
Marcelo Reis.
*azorrague: chicote de várias pontas feito de couro ou corda, osso e metal cortante nas pontas, usado para executar punição em criminosos sob a jurisdição romana.
Opa, a Paz de Deus, meu querido!
ResponderExcluirLindo este texto, gostei de verdade!
Bom saber que você também entrou na blogosfera. Eu também tenho um pequeno blog, que tá mais pra blog subversivo, hehe.
Eu te seguirei aqui, e você por favor me siga lá, certo?
Que a Paz de Cristo esteja contigo!
Abraço grande à Jemima e ao Gustavo. Paz e Bem a todos.
Simone
adoracaoreverente.blogspot.com
Graças a Deus pela sua vida Marcelo....esse texto maravilhoso foi bençao pra minha vida...vou mostrar aos meus amigos daqui de Timbo...e acredito que a vida deles tbm seram edificadas
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