sexta-feira, 11 de abril de 2014

Uma forma idólatra de se pregar a Doutrina da Trindade

Depois de ler diversos artigos na web, além de pregações das qualidades mais variadas, confesso que sinto um certo medo do que ouve-se pelos púlpitos a respeito da Doutrina Trinitariana.
A Doutrina da Trindade é fundamentada na fé em um único Deus vivo, eterno e de infinito poder, Criador de tudo, em cuja unidade há três pessoas co-iguais: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Contudo, o trinitarianismo presente nos sermões de hoje ora apresenta um deus-de-três-cabeças, ora apresenta três deuses absolutamente diferentes.
Ouve-se a todo tempo sermões que diminuem a divindade de Jesus a um semideus, completamente subordinado às decisões do Pai. Hoje pela manhã, li um artigo na rede social afirmando que Jesus não é onipresente, atributo que o escritor remete somente ao Pai. Estaremos à beira da idolatria pagã se passarmos a confessar a fé em um Deus que tem um Filho, que é também um Deus, porém de poderes reduzidos. Estaremos então adorando a dois Deuses, e não a um único Deus conforme a profissão de fé cristã.
Esquecemos por vezes de condicionar a vida humana do Senhor Jesus ao seu devido contexto. Expressões usadas pelo próprio Senhor ao se referir ao Pai, muitas vezes são limitadas à sua natureza humana, completamente esvaziada da glória que antes possuía no céu.
Esquecemos que o homem Jesus, antes de ser o filho de Maria, no princípio era o Verbo eterno, Criador de tudo o que há! Ali ele já era Deus; um Deus que se esvaziou de toda a sua glória para se tornar um pouco menor que os anjos (Hebreus 2:7) para sofrer pelo pecador como um simples homem mortal, e não como o Deus Todo-Poderoso que é.
Esquecemos que a vitória de Cristo no monte Calvário, seguida de sua ressurreição e ascensão culminaram em seu retorno para a glória, momento em que ele mesmo disse: "Todo o poder me é dado no céu e na terra."
Ao retornar ao esplendor de sua glória, Jesus voltou ao seu lugar de Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. Ao ressurgir num corpo glorificado, sua condição humana findou-se, e com ela suas limitações enquanto homem, como o conhecimento limitado, a passividade sob a vontade do Pai e a ausência de atributos divinos como onipotência, onipresença e onisciência.
Hoje Cristo Jesus está assentado à destra de Deus Pai, e possui um nome que está acima de todos os nomes.
Sabemos que cremos em um ÚNICO Deus, portanto devemos ter em mente que:
1) O Pai é onipotente, e igualmente o são o Filho e o Espírito Santo;
2) O Pai é onipresente, assim como o são também o Filho e o Espírito Santo;
3) O Pai é onisciente e o mesmo ocorre com o Filho e também com o Espírito Santo.
Se caracterizarmos de forma distinta as glórias e poderes entre as pessoas da Divindade estaremos crendo em três Deuses diferentes entre si.
Cremos em um único Deus que, entre uma infinidade de coisas impossíveis que faz, é capaz de ser três pessoas. Um Deus eterno, de poder infinito, atemporal, onipotente, onipresente e onisciente.
Assim como o Pai é digno de honra, louvor e adoração, igualmente o devemos ao Filho e ao Espírito Santo.
Diante de um Deus Criador, Salvador e Consolador, em sua personalidade triúna, descansamos na certeza de sua plenitude, e cuidadosos prosseguiremos falando do amor que o fez entregar seu Filho Jesus para nos salvar, e o hoje nos consola através do seu doce Espírito Santo!

Que o grande amor de Deus Pai, a graça do Senhor Jesus e a comunhão do Espírito Santo seja com todos nós!
Em Cristo Jesus,
Marcelo Reis.

Um comentário:

  1. A Paz de Deus, Pr. Marcelo! Bom te ver novamente blogando, isso é ótimo.
    Mais um excelente artigo...
    Que o Senhor continue te abençoando e te inspirando. E não pare de escrever.

    Simone F.

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