domingo, 5 de dezembro de 2010

A Divindade de Jesus

É doutrina consagrada entre a maioria dos cristãos a divindade de Jesus Cristo. Infelizmente há também aqueles que lutam para diminuir a glória e a majestade d’Aquele que se esvaziou de Si mesmo e tornou-se homem a fim de pagar o preço da nossa reconciliação com Deus.
O perigo de interpretar textos isoladamente tem desviado a muitos quanto à ortodoxia da fé cristã. É este tipo de interpretação que provoca a falsa impressão de Jesus ser inferior ao Pai. Para uma boa compreensão sobre a teologia da divindade é necessário usar toda a Bíblia, com todas as suas referências sobre o assunto, para formar conceitos sobre a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Os pseudocristãos que diminuem (aliás, tentam diminuir) a grandeza da pessoa de Jesus apóiam-se em argumentos infundados que devem ser cuidadosamente analisados:

a) Há apenas um Deus. O monoteísmo judaico-cristão aponta para a existência de um único Deus, eterno e verdadeiro. Ao passo que Jeová (o Pai) se apresenta como o único Deus verdadeiro, afirmando que fora dele não há Deus (e.g. Dt 6:4; II Sm 22:32; Sl 18:31; Is 43:11; 44:6,8; 45:21; 45:5; Mc 12:32; Rm 16:27 entre outros), crer na existência de mais de um Deus constitui idolatria. Sob esta ótica é preciso muito cuidado para não tratar Jesus como Deus à parte do Pai como alguns fazem, e também não podemos fazer de Jesus um deus menor que o Pai, diferenciando-o em poder e, portanto, fazendo dele um outro Deus.

b) Jesus se dizia menor do que o Pai. Textos como Jo 10:29; 13:16; 14:28 causam a impressão de que Jesus exerce ainda hoje um ministério submisso ao Pai assim como exerceu na vida humana. Afirmações como a de João 14:28 (Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu.), quando analisadas isoladamente provocam no leitor uma falsa certeza de que Jesus está se proclamando menor do que o Pai. Todavia, ao ler paralelamente Lucas 22:27, não podemos crer que Jesus está também se colocando em posição inferior à dos apóstolos: “Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve”. Deve-se considerar, antes de tudo, que a vinda de Cristo à terra em condição humana implicou no abandono temporário de Sua condição anterior. Ao tornar-se carne, Jesus exerceria seu ministério como homem de carne, não como Deus. Sua condição humana o tornara menor do que os anjos, inclusive (Hb 2:7), e fazendo jus à missão, deu-nos o exemplo de humildade, considerando os outros em maior estima do que a Ele próprio. Consideradas estas coisas, passamos a observar o triunfo do Messias sobre o pecado e a morte, sendo recebido no céu dotado de todo o poder.
 

c) Deus nunca foi visto por alguém, como Jesus foi visto pelos homens. Interpretado a esmo, este versículo (I João 1:18) parece afirmar que como Deus nunca foi visto por alguém, Jesus não é Deus devido à sua manifestação física à humanidade da sua época na terra.  Há duas inverdades nesta interpretação. Em primeiro lugar o termo “nunca” está aplicado à geração dos ouvintes da pregação de João, haja vista a própria Bíblia narrar casos em que o próprio Deus se revelou a homens, como em Gn 12:7, 18:1; Ex 3:2ss; Is 6:1-13; Am 9:1. É preciso levar em conta o contexto e a cultura lingüística da época. Termos como "perpetuamente", "nunca", "jamais" e outros advérbios de tempo eram limitados à geração de quem se falava. Observe que o sábado era uma aliança perpétua, assim como a circuncisão e a Páscoa. Enquanto passados de geração a geração eram perpétuos, mas quando o tempo da Graça foi inaugurado acabaram-se os mandamentos "perpétuos" da Lei. Em segundo lugar, embora o Pai e o Filho sejam Deus, cada qual tem sua função na economia da divindade, agindo concordemente. O Filho possui um corpo glorificado, o Pai é incorpóreo, mas ambos são Deus: um único Deus que subsiste em três pessoas co-iguais: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Contra os argumentos anteriormente apresentados, precisamos lançar luz sobre os textos bíblicos que afirmam a divindade de Cristo e que em nenhuma hipótese poderão ser tirados do todo, pois um texto bíblico jamais deverá ser interpretado em detrimento de outro: a Bíblia toda é a verdade.
Veja o testemunho bíblico sobre a divindade de Jesus:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.Jo 1:1. "E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade:  Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória". I Tm 3:16. "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Is 9:6. "E Jesus disse a Tomé: Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia". Disse-lhe Tomé: "Senhor meu e Deus meu!" Jo 20:27,28. "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”. II Pe 1:1. "Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." I Jo 5:20. “Do Filho diz:o teu trono, ó Deus, subsiste eternamente” Hb 1:8

Há, portanto, argumentos suficientemente claros para reconhecermos em Cristo Jesus a plenitude da divindade.

Por Cristo,
Marcelo Reis.


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Um comentário:

  1. Jesus não é inferior a nem um ser espiritual que Deus mandou a terra, mais escreveram coisas sobre ele que na verdade tem históricos por parte da Igreja que colocou, a católica, Jesus nunca clamou por trindade, pois disse que só existia um Deus, isso vocês não lembram, mais esta nas escrituras do Novo Testamento, como não sou palmatória do mundo, vou ficando por aqui.

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